Uma nova página de ajuda da Apple dá detalhes sobre como vai funcionar o Face ID, que será capaz de desbloquear smartphones por meio de reconhecimento facial. O novo recurso será lançado em novembro junto com o iPhone X, com a promessa de não ser enganado por fotos e acompanhar as mudanças do usuário.
No texto, a fabricante explica as tecnologias de segurança empregadas para proteger os usuários e evitar que a função seja usada sem o consentimento do dono do celular, além de mostrar os casos em que ele foi desenhado para não ser operacional, como durante o sono.
De acordo com a Apple, o Face ID só pode ser usado em conjunto com uma senha complexa. Se ele estiver habilitado, o dispositivo é trancado quando a tela entrar em repouso e o reconhecimento facial é necessário sempre que ele for usado.
A fabricante aponta que a probabilidade de uma pessoa aleatória ter um rosto semelhante ao usuário, o ponto de enganar o sistema, é de uma em 1 milhão, um índice inferior ao estimado para o Touch ID, que é de uma chance a cada 50 mil tentativas. Esta probabilidade é maior para irmãos gêmeos ou semelhantes ou crianças com menos de 13 anos. Neste último caso, a recomendação é que o recurso não seja usado.
Para evitar compras acidentais com o Apple Pay, o sistema também exige que o usuário confirme manualmente a transação pelo menos duas vezes, antes de fazer a autenticação facial.
O Face ID foi desenhado para identificar se o usuário está prestando atenção no telefone no momento do desbloqueio. Se os olhos não estiverem atentos, será necessário usar a senha. Esta solução foi criada para evitar o desbloqueio durante o sono ou caso o dono esteja sendo coagido a liberar o acesso.
Ao entrar em ação, o aparelho usa a câmera TrueDepth para projetar e ler mais de 30 mil pontos infravermelhos e criar um mapa da face em profundidade e uma imagem em 2D. As informações são convertidas em sequências aleatórias projetadas em um padrão único para cada telefone, que são armazenadas no Enclave Seguro, um ambiente de segurança digital reforçada dentro do iPhone.
Para confirmar o acesso, o Face ID compara os dados daquele momento com os já armazenados e, em caso positivo, guarda a imagem mais recente para ser usada no próximo desbloqueio. Desta forma, a tecnologia consegue acompanhar as mudanças do dono e é capaz de identificá-lo mesmo em poses diferentes ou alterações mais radicais.
Os dados armazenados pelo Face ID nunca são armazenados fora do Enclave Seguro e seu backup não é enviado para o serviço online iCloud. A exceção é caso o usuário precise de ajuda do suporte da Apple e tenha que enviá-los. Mesmo nesses casos, tudo o que for compartilhado pode ser revisado e filtrado antes, o que aumenta a privacidade.
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